Sunday 15 July 2007
Alma
Assim quando o sino soa
Doze vezes a anunciar
O ápice da noite n’um arfar
Uma alma aflita voa.
Quando a pálida luz da lua
Revela os tímidos segredos do mar
Em uma argêntea escuma que a areia vem beijar
Por uma lúbrica onda totalmente nua;
A alma galga por cima dos mares
Entrelaçando-se com a maresia
D’uma eterna noite fria
A tentar lançar todos seus medos pros ares.
Como uma delicada pena d’uma garça
Cai aos poucos pousando na inquieta água
Como se estivesse presa n’uma fábula
A alma afoga nos suicídios em farsa.
Pálida! Pálida! Pálida!
A luz revela os tímidos segredos
Não do mar, mas sim os enredos,
Das noites d’uma alma sozinha e cálida.
Escrito por Marcelle Castro
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