Monday 23 April 2007
Saudade
Ainda que eu viesse adormecer
Nesta noite sem o brilho do luar
E o lânguido olhar vir a esmaecer
Seria possível de ti esquecer?
Os minutos são uma eternidade
A alma inquieta que implora
A deus que tenha piedade
Ouça aos suplícios sem demora!
Se porventura nesta noite
A fibra única do coração rebentar
O ultimo suspiro clamante
Seria apenas o inicio de t’amar!
Na envolta vida que é vivida
Com desgosto e amargura
Um amor que se torna ferida
Sem teu calor que me mantêm segura.
O maior presente que um dia
Poderia em minha vida oferecer
É o amor que arde e me guia
E deseja em teu corpo se perder!
Saudade que apavora
Saudade que entristece
Saudade que devora
O corpo que desvanece.
Escrito por Marcelle Castro
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