Thursday, 20 December 2007

Doce tarde


Cega-me, pois, estas palavras desdenhosas
Que estão a desprender do meu coração
Livres pela força que vem da solidão...
Amargura é esta que m’embala manhosa!...

Tão cãs meus sentimentos estão,
Que tornaram escravos da soledade
Ou teriam eles sidos mortos pela saudade?
Já não sei por onde os caminhos se vão...

Resta-me, pois, o que para trás ficou
Lembranças d’um passado doce
Ah... quem me dera que eterna fosse
Aquela amena tarde q’em mim ficou...


Escrito por Marcelle Castro

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