Tuesday 15 May 2007

Amor Platônico



Não quereria eu que meu corpo
Fosse imorredouro como meu amor
Que palpita em meu seio com dor
Que carrego ha muito tempo sob o dorso.

Por este amor me imolaria
Mesmo que viesses hostil
Dizer-me que este amor é vil
Sem ironias, de fato sorriria:

Se tu viesses a me amar
Erroneamente como te amo
E teu pensamento fosse profano
Compreenderias sem te esforçar!

Em noites indago em mente
Por quanto tempo à teimosia vã
insistirá até o ultimo fio cã
Abandonar-se à cabeça demente?

Comprime a doentia carótida
O cérebro definha a cada instante
Cada vez mais lento e distante
Sob efeito de uma vida caótica!

Eu sou aquela que passa a juventude
Infeliz e enfurnada n’um amor platônico
Tudo que a mim compara é antagônico
Cada dia mais perdendo a plenitude...

Escrito por Marcelle Castro

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