Tuesday 10 April 2007
Sepulcro
Quando os fios dos meus cabelos
Afogarem nos mares do esquecimento
Cãs e fracos, cair-se-ão em sofrimento,
Eu hei-de me esquecer os dias em rebelo.
No sepulcro negro e esquecido
Habitará um coração nunca bem-vindo
Que percutirá um prelúdio infindo
E o jasmim esmaecerá sofrido.
E os frutos das arvores sazonadas que brotarão
De suas raízes famélicas que drenam
Toda minha tristeza e se alimentam
Venenosos ornearão as terras do meu caixão.
E quando enfim alguém me visitar
E aos mármores negros que são meu leito
E jogarem suas flores presas sob o peito
Hão de sentir o eflúvio fúnebre a exalar
Chorarão! Oh! Seres que me dão asco!
Em vida nunca honraram minha presença
E quando meu escatol evaporar sem sentença
Virão me fazer companhia ou aos frutos no estilhaço?
Escrito por Marcelle Castro
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Death
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