Saturday, 1 August 2009

poeta condenado


Olha-na nos olhos profundos
impossível é não quere-la,
há-lhe tudo de belo e de imundo
e envolve-te sempre que deseja...

O teu olhar entrega tua fraqueza
ao debruçar-te em seus seios opulentos
onde embalam todos os sofrimentos
numa veemência que esbanja frieza!

Dona de tudo o que é morto,
estás condenado a ela, poeta!
As noites escreverás absorto
tudo o que o mundo detesta!

No comments: