Saturday, 22 March 2008

O antro d'um coração


A escuridão que serpenteia em minha janela
Já não mais meu espírito apavora,
Agora somos pares d’uma triste peça singela
A voar como plumas pelo o mundo afora!...

Quão tristes eram àqueles dias
Que medo eu tinha dos braços da solidão,
Da morte, das dores, das agonias...
Lancei tudo para os ares, inclusive meu coração...

Que me pesava tanto... Tanto,
Já não temo os meus medos d’outrora,
Pois meus sentimentos jazem n’um esquecido antro,
Que para trás deixo... Que joguei fora!

Escrito por Marcelle Castro

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