Sunday, 14 October 2007

Resta-me, pois, o que?


Posso ainda da sua tez lembrar,
Tão amena com um ar de inocência!
Deslumbrou-me até a profunda consciência,
Ah! As suas palavras puderam me inebriar...

Posso lembrar da sua cabeça em meu regaço
E minha mão em seus cabelos a se perder,
Seu brando olhar dizia que não iria m’esquecer!

Resta-me, pois, o que? Meu coração ao estilhaço?!
Ponho-me a cismar todas as noites sobre a frieza,
E nas doces palavras que agora m’enchem de tristeza.


Escrito por Marcelle Castro

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